O Tempo
Pois é, de repente voltei a pensar.
E, durante uma noite de insônia horrenda, cá tive eu um clique...
o fato:
...(*)daquelas noites que não se sabe se 'tá dormindo ou acordando, ou no meio termo, ou nem isso nem aquilo. Daquelas noites... eu tava no meio de um fogo cruzado na argentina. Ora eu era um documentário (sim, um documentário) sobre um suposto conflito dos anos 50, ora eu era um mendigo, um cachorro, ou um que quer que seja, num beco lá, vendo todo o furundunço de perto... sentindo... realmente sentindo...É, nada convencional... por certo que não. Mas por certo que qualquer um já passou por uma noite dessas. Noite que não se sabe o que se é, onde se 'tá, que se passou; noite afogada em delírios dos mais horrendos. Acordo. Com aquela sensação de não-saciação, com aquele sono esmurrando a nuca, com aquela confusão sobre o sonhado, fui realizando os afazeres de praxe e papapa.
A reflexão não é sobre sonhos, a reflexão não é sobre conflitos castelhanos (que se explodam os castelhanos)... é sobre REALIDADE.
a questão:
Acho que era Kant, ouvi falar pelo menos, quem dizia que o presente não existe, é uma ilusão; não pode ser, em nenhum momento, fixado no tempo. Longe de mim distorcer palavras de Kant, oh Kant!. Até porque, mal conheço o sujeito. Mas, é verdade, tem muito de lógica nesse devaneio kantoso aí. Por muito tempo acreditei nisso - afinal, ao ser pensante, é o óbvio. Contudo, um dia a gente tem uma (*). Não sei por quê, mas, entre uma e outra manteigada no pão, me veio o tal clique - cliquesse, supostamente, oposto total a Kant, oh Kant!....porque é tudo, afinal, um presente constante. Sim, meus caros, toda a realidade que vos arrodeia não passa de um presente-"futuro", determinando impiedosamente vosso presente-"presente", o qual, por tabela, já determinou aquele presente já passado... e qual é a diferença disso e do pensamento convencional? É o mais comum pensar-se que o acontecido de hoje implica certo acontecimento amanhã, correto? Pois bem, na teoria proposta, é o contrário - o amanhã determinou o hoje. Não sei se é adequado dizer "determina" nesse caso, mas é por aí. Acostumamo-nos com o unidirecionamento de causa e conseqüencia - o que acontece antes, é causa; depois, conseqüência. Todavia, nunca se pára a pensar que nossa interpretação de realidade não segue padrões físicos newtonianos (ou qualquer outra origem que valha a isso). Tal como naquele livro do Érico - "O Resto é Silêncio" - que cada testemunha interpreta de uma maneira diferente o que aconteceu com a tal pessoa lá que caiu do prédio (é, também só ouvi falar), acontece também conosco. Não é o "passado" quem nos determina, somos sim nós quem o determinamos. Já paraste a pensar de que ele te serve num momento de plena felicidade? Tu sentes saudade ou angústia numa atividade prazerosa, sente? Por certo que não, porquanto isso É, com todas as letras, o "PASSADO" - teu futuro motivo de saudosismo. 'Tá me entendendo? Nosso "passado" é dependente do estado de espírito presente; nosso presente é dependente do estado de espírito "futuro"! Pensaí...
Em suma, o tempo é uma constante....
(pode ser, pelo menos.)
E, durante uma noite de insônia horrenda, cá tive eu um clique...
o fato:
...(*)daquelas noites que não se sabe se 'tá dormindo ou acordando, ou no meio termo, ou nem isso nem aquilo. Daquelas noites... eu tava no meio de um fogo cruzado na argentina. Ora eu era um documentário (sim, um documentário) sobre um suposto conflito dos anos 50, ora eu era um mendigo, um cachorro, ou um que quer que seja, num beco lá, vendo todo o furundunço de perto... sentindo... realmente sentindo...É, nada convencional... por certo que não. Mas por certo que qualquer um já passou por uma noite dessas. Noite que não se sabe o que se é, onde se 'tá, que se passou; noite afogada em delírios dos mais horrendos. Acordo. Com aquela sensação de não-saciação, com aquele sono esmurrando a nuca, com aquela confusão sobre o sonhado, fui realizando os afazeres de praxe e papapa.
A reflexão não é sobre sonhos, a reflexão não é sobre conflitos castelhanos (que se explodam os castelhanos)... é sobre REALIDADE.
a questão:
Acho que era Kant, ouvi falar pelo menos, quem dizia que o presente não existe, é uma ilusão; não pode ser, em nenhum momento, fixado no tempo. Longe de mim distorcer palavras de Kant, oh Kant!. Até porque, mal conheço o sujeito. Mas, é verdade, tem muito de lógica nesse devaneio kantoso aí. Por muito tempo acreditei nisso - afinal, ao ser pensante, é o óbvio. Contudo, um dia a gente tem uma (*). Não sei por quê, mas, entre uma e outra manteigada no pão, me veio o tal clique - cliquesse, supostamente, oposto total a Kant, oh Kant!....porque é tudo, afinal, um presente constante. Sim, meus caros, toda a realidade que vos arrodeia não passa de um presente-"futuro", determinando impiedosamente vosso presente-"presente", o qual, por tabela, já determinou aquele presente já passado... e qual é a diferença disso e do pensamento convencional? É o mais comum pensar-se que o acontecido de hoje implica certo acontecimento amanhã, correto? Pois bem, na teoria proposta, é o contrário - o amanhã determinou o hoje. Não sei se é adequado dizer "determina" nesse caso, mas é por aí. Acostumamo-nos com o unidirecionamento de causa e conseqüencia - o que acontece antes, é causa; depois, conseqüência. Todavia, nunca se pára a pensar que nossa interpretação de realidade não segue padrões físicos newtonianos (ou qualquer outra origem que valha a isso). Tal como naquele livro do Érico - "O Resto é Silêncio" - que cada testemunha interpreta de uma maneira diferente o que aconteceu com a tal pessoa lá que caiu do prédio (é, também só ouvi falar), acontece também conosco. Não é o "passado" quem nos determina, somos sim nós quem o determinamos. Já paraste a pensar de que ele te serve num momento de plena felicidade? Tu sentes saudade ou angústia numa atividade prazerosa, sente? Por certo que não, porquanto isso É, com todas as letras, o "PASSADO" - teu futuro motivo de saudosismo. 'Tá me entendendo? Nosso "passado" é dependente do estado de espírito presente; nosso presente é dependente do estado de espírito "futuro"! Pensaí...
Em suma, o tempo é uma constante....
(pode ser, pelo menos.)
Júnior
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