Divaguinhos de um ébrio cansado...
Num belo dia de sol, refrescado pela brisa de um clima ameno e agradável, pairava, sobre os mares sem fim das pétalas de um jasmim, um imenso vilarejo chamado Orkhatul. Os mares estavam profundos e tenebrosos pois, a cerca de poucos minutos orkhatulianos, ocorrera a grande profecia orkhatuliana... A PROFECIA DO DEUS ORKHATULMUS!
Em cima de um pequeno grão de pólen, partindo do vilarejo rumo ao horizonte, sentados, proseavam os três velhos gerorkhatulmoniates. Tais respeitosos orkhatulianos eram os líderes da tribo e, como rezava a lenda, a hora de partir rumo ao desconhecido de encontro aos mil deuses unindo-se, por fim, como tríade sagrada e formando o milésimo primeiro deus da milésima terceira geração havia, finalmente, chegado. Eles estavam anciosos. O fumo orkhatuliano nunca fora tão saboroso, o abraço das orkhatulianas, nunca tão caloroso, e as lágrimas, então, nunca tão sinceras. Era, contudo, não um adeus, e sim um até breve, pois, como ORKHATULMUS dissera certa feita, a tríade sagrada, uma vez fortemente unida, tem olhos que tudo vêem, braços que tudo tocam, ouvidos que tudo escutam e... um grande grão. O grande grão era a base de sua crença, era o motivo, o ato, e a conseqüencia...
Já longe dos olhos e ouvidos de Orkhatul, os três sábios aperceberam-se de algo novo: suas palavras já não eram proferidas... conversavam no mais profundo silêncio. Nos olhos se viam claramente todo e qualquer impulso o qual pudesse ser pensado. E, de repente, não mais que de repente, os olhos não enxergavam, os ouvidos não escutavam, todo o futuro passado tornara-se... perceberam que não podiam mais perceber... e de sua morte momentânea, ao escorregar do grão soberano ao futuro fecundo jasmineiro, ORKHATULMUS sorriu...
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