segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Cientistas descobrem jeito de palavrear melodias.

O método consiste em captar a reação da população atingida pela melodia via ondas eletromagnéticas próprias do cérebro humano, extraindo, assim, uma média dessa reação, e calculando, a partir dessa resultante, no banco de palavras da região em estudo, a que campo semântico o resultado foi mais bem relacionado.
Os comprimentos de onda marcadores que diferenciam o cérebro humano do cérebro de outros animais puderam ser relacionados em grupos distintos. Percebeu-se, com espanto, que 78% da população brasileira está relacionado no grupo do comprimento de onda 99bk, o qual, segundo estudos evolutivos, origina-se do mesmo conjunto de neurônios antes responsável pelo controle esfincteriano do ânus de símios de baixo desenvolvimento neuropsicomotor.

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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Mãe

O dia diz de coisas que di'algum há de calar

MÃE.
O dia diz MÃE.
O dia diz MÃE.

Das vozes de filhos contentes,
Euforia filhal na praça central.
Gritos atônitos, gritos rotos,
Dos rostos, dos gostos nos rostos
Por surgirem, Mãe, grandiosas,
Dentr'as neuras pomposas,
Em riste, garr'asas vertentes
Aos filhos carentes de "força motriz".

MÃE!
Grito MÃE!
Gritamos MÃE!

Esvoaçam os 'gratos', em brados barbados,
De fato, são gastos tão gratos por fim.

Grato!
sou grato!
somos gratos!

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terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

A mecânica abstracionista a valorados

Depois da Mecânica Newtoniana, a Mecânica Abstracionista para fins motivacionais...
Nossa gente é vítima incondicional do ócio generalizado de uma sociedade organizada. A mecânica de nossas tendências, nossos movimentos propriamente ditos, surge como começo de um movimento iminente - a abstração. A carga de sobrepeso do tanto que se recebe de informações jorra aos bordões contra os poucos ralos que obtemos para digerir tudo. Indivíduos aptos a tratar em totalidade o conjunto e, assim, lidar com tranqüilidade com essa realidade desproporcionalmente complexa são raros. Desses, menos ainda optam pela não abstração. Porque a abstração é assim, vem de mansinho, com seu semblante em fascinante lascívia, a chamar dentre sussuros dengosos, abstrata significância... deliciosa abstrância... oh! abstração irrecusável!!

... eu assinto.

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domingo, 10 de fevereiro de 2008

Conversa Fiada

- Começa com um evento aparentemente isolado no tempo-espaço. Uma molécula seguia o seu caminho depois de um intervalo de tempo bem cansativo. Vinha de encontro a um campo magnético... fraquito até, diziam por lá. Mas se sabe que nessas cousas não é bem assim... não é bem assim... porque, veja bem, nunca se sabe o que pode acontecer. Então, lá ia aquele conglomerado de prótons e neutrons a se roçar em uma lascívia imoral, num frenesí pulsante de energia, quando uma onda gama - veja você, uma onda gama - dispretenciosa, ela ia, ia indo, e cai ali, bem em cima dali...
- Veja você...
- As ironias dessa vida né...
- É.
- Ai ai...

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Sobre a incomunicação...

Pois bem, que seria a comunicação? Tem ela, por oculto firmado, sentimento desses, ousado, em ver-se, afinal, compreendido em voltas ao interesse próprio? É proposta posta em prática? É? Pois é... isso depende. E, assim, de acordo, se faz também a incomunicância. Não vejo argumento invencível em ponto cuja argúcia torne conclusão alguma firmada em conjuntura qualquer.
Enfim, assunto capistrano o proposto. Ao meu ver, a incomunicação mostra as caras, no geral, em dois momentos: a falta de interesse por compreensão, ou a já intrínsica compreensão.
Veja bem...
Quando não há interesse de compreensão, quando a compreensão já se foi aos ares, quando a compreensão já se escorreu ao ralo da relação dentre 2 ou mais viventes, surgirá, de mansinho ou de sopetão, o silêncio do coração que só quer a solidão. Não é situação difícil de se imaginar. Gente, gente e mais gente, bilhões de gentes nessa vida... selecionamos os que prezamos; aos rejeitados, o limbo! Não há de se fazer muita coisa, persona não grata se trata assim, no ferro do cinto mesmo. Para que compreender ou tentar ser compreendido por alguém que já deu mostras de total inferioridade ao chão aveludado sobre o qual eu caminho? É coisa meio inútil... vez que outra até nos vemos surpresos com tais vermes... às vezes se mostram até evoluidinhos até... às vez... muito de vez em quando... Por exemplo, seria a incomunicação desculpinha esfarrapada a relacionamentos dilacerados? SIM! Por certo. Relacionamentos dilacerados não admitidos por ambas as partes afundam-se num silencioso constrangimento de incomunicação, tendo, ainda assim, como a fina pilastra da edificação, aquele papinho miserável "oh! aqueles em quem confiamos são aqueles com quem nos calamos"... eis a incomunicação corrosiva de uns tantos perdidos por aí.
Todavia, conquanto haja tal vertente da desafirmação da comunicação, não paremos por aí. Conclusão dessas, precipitada, destrói lares, eclode a desavença por dentre os casebres humildes dessa nação alegre e bonita por natureza. Não queremos isso... queremos a união, queremos o novo. Ei-lo cá: a incomunicação como evidência de confiança e conpreensão mútua. Parando para pensar, vê-se que a comunicação pode ser, de certo modo, dividida em dois aspectos: comunicação de conhecimento e comunicação de firmamento. A comunicação de conhecimento, evidentemente, refere-se aquele papo padrão entre dois desconhecidos - nomenclaturas, gostos, concepções, filosofias, etc. Tal estirpe de comum icação não deve ser levada em conta dentro da discussão levantada, afinal, segue normas restritas em todas as partes do mundo, não sendo relevante a levantamento de evidência de maior seriedade. Já a comunicação de firmamento, essa sim, deve ser atentada na discussão alevantada -por ser essa a comunicação entre aqueles que, num mínimo valor que seja, alcançaram certa confiança mútua. Cá participam elementos de uma conversa cotidiana com progenitores, namorados, amigos, etc. Conversas de maior previsibilidade e, portanto, por vezes, menor duração ou intensidade. Conversa fiada mesmo. Compreendida essa diferenciação, fica evidente como, afinal, a incomunicação como evidência de confiança e compreensão mútua ocorre. É processo natural dentre dois viventes que vêem, um no outro, expectativas concretizadas, virtudes semelhantes, enfim, compreensão confiada e confiança compreendida.
Incomunico-me, pois, por fim.

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